Angelina Jolie em entrevista concedida por e-mail

A atriz Angelina Jolie concedeu uma entrevista por e-mail ao site The Hollywood Reporte, dias antes da cerimonia de entrega dos Governors Awards 2013, confiram na integra.

Como é que a situação dos refugiados se tornou um grande foco para você? E o que te motivou a se tornar uma defensora da causa?

No Camboja [ quando estava gravando Tomb Raider ], eu aprendi sobre a crise dos refugiados durante a guerra e conheci muitas famílias de refugiados. Muitas dessas famílias agora são amigos próximos e vizinhos também. Eles são pessoas extraordinárias. É uma honra estar gastando algum tempo com essas famílias de refugiados. Eu tenho tanta admiração e respeito por eles, que me recuso a vê-los como uma obra de caridade. Com eles, eu aprendi mais do que eu poderia esperar ensina-los.

Como foi seu primeiro contato com as Nações Unidas, com quem você tem trabalhado ao longo da última década? E o que agrada a você sobre a organização, que em muitas vezes é alvo de críticas?

Eu sou uma defensora da ONU, mas também uma crítica. Eu aprendi a trabalhar para fazer meu máximo nos campos. Isso me ajuda a entender melhor a situação nesses locais. Mesmo com todas as suas falhas da agencia, é tudo o que temos neste momento, então precisamos acreditar que ainda é algo bom. Alguns dos meus melhores amigos são oficiais de proteção do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Eles vivem com a burocracia e eu sei o quão difícil pode ser. Mas eles estão lá para os refugiados e fazendo o melhor que podem para ajudar a melhorar a situação. Estendi a mão para o UNHCR depois de ler sobre a história e as atuais crises dos refugiados. Eu liguei e perguntei se eu poderia fazer alguma coisa, para ajudar e entender o que eles fazem nessa profissão. Eu trabalhei extraoficialmente por dois anos antes de entrar de vez no UNHCR.

O que incomoda a maioria das pessoas sobre o mundo de hoje?

O que me preocupa mais é a incapacidade do mundo em não conseguir parar com o sofrimento e morte de pessoas inocentes na Síria. Depois de todas as lições de história, após o massacre na Bósnia e em Ruanda, quando foi prometido que nós nunca deixaríamos isso acontecer de novo, mais uma vez milhares de pessoas estão sendo brutalmente mortas e milhões de pessoas estão fugindo, e o mundo parece impotente em deter esse violência. Esta é uma situação desesperada , urgente que simplesmente não pode ser autorizada a continuar. Eu acredito que as pessoas ao redor do mundo todo deveriam exigir que seus governantes façam mais, para que assim, possamos encontrar uma maneira de acabar com isso.

Qual dos seus projetos cinematográficos que você tem mais orgulho e por quê?

“In the Land of Blood and Honey”, porque foi o mais desafiador e também porque tem sido um grande catalisador no apoio e proteção as vítimas de estupro durante a guerra e também na prevenção da violência sexual. Também “O Preço da Coragem” porque acredito que a mensagem de tolerância de Marianne é importante e foi uma honra poder interpreta-la. Brad produziu o filme , de modo que foi também muito especial , tivemos a mesma paixão pela história e isso fez dela um momento muito importante para mim.

Você ainda é muito jovem - mais jovem do que as pessoas que receberam o Prêmio Hersholt , nos últimos 13 anos ! Por isso, estou curioso para saber, neste momento da sua vida, o que você vê como seus principais objetivos para o futuro? E será que o cinema sempre fará parte dele?
Meu foco será os meus filhos e meu trabalho internacional. Nossos filhos são a minha felicidade. Brad é um pai muito amoroso. Criativamente, eu espero poder dirigir filmes com algum significado.

Fonte: The Hollywood Reporter

Comentários

Anônimo disse…
Amo essa foto, adorei a entrevista.