Angelina Jolie é acusada de racismo por japoneses

O filme "Invencível", dirigido por Angelina Jolie, foi acusado por japoneses conservadores de racista, que exigem o banimento da atriz e diretora do país. Eles alegam que a forma como o filme retrata a guarda japonesa, em relação a prisioneiros de guerra americanos, durante a Segunda Guerra Mundial, é "profundamente enganosa".

Segundo o site 20 minutes.fr, os nacionalistas japoneses proclamam que não há provas das “alegações” que são feitas no filme, apesar de vários membros do navio onde a tortura supostamente ocorreu terem sido condenados por crimes de guerra.

É pura invenção. Não há checagem, então qualquer pessoa pode fazer essas denúncias. Esse filme não tem credibilidade e é imoral.

Grupos nacionalistas japoneses organizaram petições para impedir que Angelina Jolie vá ao Japão. Os grupos apelidam a atriz de “diabo imoral” e criticam o modo como ela descreve as desventuras do soldado norte-americano Louis Zamperini no filme.

Um dos grandes pontos de discussão são as cenas de tortura ao atleta americano Louis Zamperini, protagonista do filme. Ele serviu o exército americano e sofre um acidente de avião durante a guerra, caindo no oceano. Louis ficou 47 dias em um bote, até que foi resgatado pelos japoneses e feito prisioneiro. Angelina Jolie baseou o filme no romance de Laura Hillenbrand, que conta a história de Louis Zamperini. O livro, lançado em 2010,  que também relata episódios de abusos por parte dos japoneses aos seus reféns, já tinha irritado os nacionalistas japoneses que não conseguiram evitar que fosse publicado no Japão.

Um site japonês já recolheu oito mil assinaturas para impedir que o filme seja exibido no país. Alguns mais radicais pedem até que Jolie nunca mais possa entrar no Japão.

Em contrapartida, estudiosos afirmam que os japoneses que estão reclamando precisam encarar o passado e reconhecer o que foi feito. Mindy Kotler, diretora do centro de pesquisas Asia Policy Point, falou ao Daily Telegraph que existem documentos que comprovam as torturas e abusos com prisioneiros de guerra.

É ultrajante e repreensível negar o que aconteceu a Louis Zamperini.

A estreia do filme está programada para 26 de dezembro em vários países e 15 de janeiro no Brasil.

Comentários