Angelina Jolie estaria negociando abrir filial do Atelier Jolie em São Paulo
Sob a curadoria de Angelina, o novo espaço seguirá os princípios da unidade nova-iorquina, funcionando como um hub para revelar novos talentos nas áreas de moda, design e arte, com ênfase em processos autorais e sustentáveis. A ideia é que o ateliê também ofereça residências artísticas e funcione como um laboratório criativo, voltado para a criação e personalização de peças e obras, tal qual acontece na sede original.
Os rumores ganharam força após a atriz e empresária ter almoçado e explorado o complexo na companhia de Alexandre Allard, empresário francês idealizador do empreendimento. Durante sua visita, Jolie teria conhecido as instalações do projeto, reconhecido como um símbolo de revitalização urbana e cultural. Está prevista a construção de um novo edifício no complexo, dedicado à moda, o que alimenta as expectativas sobre a chegada do Atelier Jolie ao local, mas sem uma confirmação oficial.
A visita de Angelina Jolie ao Cidade Matarazzo despertou grande entusiasmo entre admiradores e profissionais do setor, reforçando o impacto cultural e econômico que a possível expansão do Atelier Jolie pode trazer.
Além disso, Jolie teve encontros com os estilistas brasileiros Juarez Tenório, conhecido como Jubba Sam, da Dod Alfaiataria, e Maurício Duarte, da Maurício Duarte Brand.
Jubba pode dividir um pouco de sua história e de sua marca, que reflete suas três décadas de experiência no varejo de moda no Brasil e une elementos urbanos, como skate, arte e cultura local.
"Ela queria conhecer marcas que tivessem um significado, que estivessem mudando a percepção de como podemos ver a moda. Nosso trabalho também está muito relacionado com a economia sustentável, pois a alfaiataria em si já preza por isso".
O designer também mencionou um pouco sobre seu projeto social com o skate, chamado Casa 2. A artista inclusive quis saber vários detalhes sobre a fabricação de roupas e criação de moda no Brasil:
"Ela queria saber se tínhamos acesso a boas matérias-primas, bons maquinários e se essa mão de obra existia em abundância no nosso país. Também conversamos sobre meu desejo de ter um espaço físico que pudesse aproveitar essa juventude que está empolgada para trabalhar com moda".
"Pessoalmente, ela é uma pessoa super atenciosa, do tipo que olham em seus olhos enquanto conversam com você. As expressões do rosto mostram que ela é uma pessoa interessada em conhecer pessoas. Uma virtude das melhores, na minha opinião. É super simpática, atenciosa e bem humorada", disse o estilista.
Como uma lembrança do Brasil, Jubba fez questão de presenteá-la com várias peças de roupas não somente para ela, mas também para seus seis filhos: "Ela levou para casa algumas calças, que são o nosso produto core, e inclui algumas camisas de futebol para ela surpreender os filhos, já que somos conhecidos como o país do futebol. Também deixei alguns bonés, porque sei que é algo que ela gosta e que temos como emblemático em nossa marca".
Já Maurício Duarte, estilista indígena do povo Kaixana, apresentou suas peças artesanais confeccionadas com fibras de arumã, típicas da Amazônia, e presenteou Jolie com uma faixa feita em parceria com indígenas da etnia Curipaco, de São Gabriel da Cachoeira.
"Tiveram algumas palavras ditas pela Jolie que me deixaram muito emocionado e feliz com o nosso encontro. Era perceptível que ela estava não só interessada em ouvir, mas em sentir o significado transformador que tudo isso possui para todos os que estão envolvidos no nosso trabalho. Sejam as artesãs nas suas bases, cultivando e mantendo viva a tradição dos trançados, tramados e herança cultural da nossa cultura indígena", conta Maurício.
"Até o momento, eu não sabia quem iria encontrar. Por isso, optei por uma peça versátil e funcional, assim como quando encontrei a Naomi Campbell em Milão. A faixa de arumã é uma das nossas peças-chave da marca. Ela é em formato de cinto ajustável na cintura, portanto, veste vários corpos. Feita em tecido 100% algodão e com tramados de fibra de arumã, trançadas e tingidas manualmente em São Gabriel da Cachoeira, pela Cestaria Curipaco", detalha o estilista amazonense.
Tanto para Jubba como para Maurício, o saldo do encontro foi extremamente positivo, um daqueles momentos que ficam gravados na memória e que se transformam numa história para contar e, quem sabe, o ponto de partida para algo ainda mais grandioso."Estou emocionado até agora pela maneira como ela nos recebeu. Só dela disponibilizar um tempo para bater um papo com a gente, com um cronograma apertado aqui no Brasil, já aumenta em mil por cento qualquer impressão dela, dado o tamanho que ela tem como pessoa pública engajada em pautas sociais", diz o fundador e diretor criativo da Dod Alfaiataria.
"A Angelina não vem com a missão de validar o meu trabalho, mas suas palavras funcionam como uma grande forma de potencializar o que já sabemos que construímos com afeto! Acredito na possibilidade de bons caminhos de trabalhos juntos, visto que ela tem uma marca de moda [a Atelier Jolie] que apoia e incentiva estilista emergentes. Torcemos para que os próximos caminhos sejam de mais conexões e novos encontros", acrescenta Maurício.
A atriz também conheceu as irmãs Nadia e Julia Gomes da Silva, criadoras da marca Café por Elas, que se destaca por trabalhar exclusivamente com grãos cultivados por mulheres. Inspiradas pela mãe, Abadia Gomes da Silva, as irmãs lançaram a marca para valorizar a produção feminina no setor de cafés. Com uma oferta diversificada que inclui cafés orgânicos e microlotes sazonais, a marca está presente em diversos pontos de São Paulo. O compromisso das irmãs com o empoderamento feminino e a sustentabilidade chamou a atenção de Angelina Jolie, que demonstrou interesse no impacto social do projeto.