Angelina Jolie, "femme fatale" e mãe de seis filhos

A atriz premiada com o Oscar Angelina Jolie contracena com o galã de Hollywood Johnny Depp, pela primeira vez, em "O Turista", filme romântico de ação que faz sua estreia mundial na sexta-feira.

O personagem de Depp, um professor de matemática, se apaixona pela "femme fatale" representada por Jolie, que tece uma teia de mistério contra o pano de fundo de Paris e Veneza.

Jolie, de 35 anos, falou à Reuters sobre o filme, Johnny Depp, e como é cuidar de seus seis filhos em aeroportos agitados.

Pergunta: Sua personagem diz a Johnny Depp: "As mulheres não gostam de perguntas". Você enxerga essa mulher de personalidade forte dentro de você mesma?

Resposta:
Eu estava de pijama e me troquei para vir trabalhar hoje, então talvez eu dê a impressão de ser mais forte do que sou realmente. Você tenta levar a cada personagem algo que guarde alguma relação com você. Neste filme, a personagem é uma "femme fatale" tradicional, mas na realidade ela tem um grande coração.

P: Você já atuou em outro filme no qual precisou exibir tanta elegância e usar tantos vestidos lindos?

R: Não. Foi divertido por algum tempo, mas, quando tudo terminou, fiquei feliz por poder voltar a usar jeans, camiseta e botas e não precisar mais me maquiar e arrumar o cabelo.

P: Ser turista deve ser duro pra você. Qual é o lugar mais estranho em que você já foi reconhecida?

R: O mais estranho foi o contrário. Tive uma experiência maravilhosa uma vez na África, trabalhando com a ONU, quando o presidente de um país me recebeu para falar de questões ligadas a refugiados e me perguntou: "O que você faz?". Falei: "Sou atriz". Ele respondeu: "Ouvi dizer que esse é um trabalho muito duro. Pode não ser a opção mais inteligente". Foi o máximo. Ele estava me avisando para não ser atriz.

P: Você sente saudades do estilo de vida que tinha antes de virar celebridade?

R: Não sou de ficar me queixando. Sinto-me uma mulher de sorte por ter todas as oportunidades que tive, e me sinto muito grata, mas sinto por meus filhos, sim. Em Paris, há toda a iluminação linda de Natal na Champs Elyséss, e eu queria sair do carro e andar por aí, ver o carrossel, mas não pudemos. Tentamos, e havia umas 20 pessoas nos seguindo. Isso não teria sido uma boa experiência para as crianças.

P: Falando nas crianças, já aconteceu alguma vez de elas terem um chilique no supermercado?


R: Isso já aconteceu algumas vezes no aeroporto. Normalmente, se elas resolvem gritar e chorar e eu vejo que é apenas um ataque de raiva, acho que é melhor não prestar muita atenção. Mas é muito difícil fazer isso quando se está cercado de pessoas. Acho que Maddox entendeu que um aeroporto é um lugar onde tenho que tentar acalmar o piti dele. Procuramos ser árbitros. Temos cartões de árbitro; Brad (Pitt) tem os cartões e eu tenho o apito.

P: Vocês vão parar em seis filhos?

R: Estamos abertos às possibilidades, mas estamos tendo essa discussão agora - como encontrar um ponto de equilíbrio, à medida que eles vão crescendo e as suas necessidades aumentam.

P: Como você dá conta, com toda sua programação?


R: Nos próximos anos vamos trabalhar cada vez menos, e, quando eles se aproximarem da adolescência, a mamãe vai ficar levando eles para os lugares de carro e tentando entender o que está acontecendo.

P: Isso significará papéis mais light, como em "O Turista"?

R: Não, este foi um caso único para mim. Prefiro os dramas. Acabei fazendo ação, e o engraçado é que os dois filmes de ação que fiz foram logo depois de ter um bebê. Prefiro filmes como "O Preço da Coragem" e "A Troca".

P: Você está dirigindo seu primeiro filme. Esse é um caminho que você quer trilhar?


R: Eu não tinha a intenção de fazê-lo. Não sei, mas adorei. Foi um prazer poder dar a alguém o que eu gostaria de receber se fosse fazer uma cena emocional, por exemplo.

Comentários

Anônimo disse…
Puxa! que legal!
Adoro quando vc posta entrevistas... mais do que fotos, pois gosto muito de vê-la falando, sempre muito inteligente e divertida.
Obrigada!
Rose