Novo filme de Angelina Jolie conta drama de meninas etíopes

A diretora e atriz Angelina Jolie volta a ser destaque nos cinemas com o filme "Difret", que conta a história de uma menina etíope que luta contra uma tradição local: o sequestro para casamentos.

Criado por Zeresenay Berhani Mehari e produzido por Jolie, o longa se baseia na história real de Aberash Bekele, uma menina de 14 anos que é sequestrada para se casar e acaba matando seu sequestrador e "futuro marido". Apesar de ter agido em legítima defesa, Bekele é detida pelo crime.

Ao saber do caso, a advogada Meaza Ashenafi, que trabalha gratuitamente para vítimas pobres, oferece assistência legal para protegê-la tanto do presídio como da vingança de seus familiares.

Ashenafi foi premiada, em 2003, com o Prêmio Nobel Africano (The Hunger Projects Prize) pelo seu empenho na defesa dos direitos das mulheres do país. Para Jolie, "o filme fala sobre a coragem de uma menina etíope e a empatia na defesa de uma jovem advogada. É uma história de consciência que deve inspirar a todos nós".

Já Mehari afirma que o longa "nos coloca em frente a uma pergunta muito simples: o que acontece quando as tradições, que existem há gerações, são interrompidas?". Para a diretora, a prática - que é reconhecida e aceita em vários países - atinge 40% das adolescentes da Etiópia.

O filme, lançado em setembro, não tem previsão de estreia no Brasil ainda, mais vale a pena ficar atento a essa incrível e comovente historia.