Mariane Pearl entrevista Angelina Jolie para o Dia das Mães

Por: Mariane Pearl 
Com: Florence Besson

Ela agora vive em Malibu, com seis filhos e é sempre uma mulher ocupada, musa do novo perfume "Mon Guerlain", ela confidenciou a sua amiga Mariane Pearl sobre seus projetos e seu estado de espírito.

"Eu acho que, logo que você se torna um pai, seus desejos e objetivos se tornam secundários", diz Angelina Jolie. "As necessidades e os sonhos de seus filhos vêm em primeiro lugar". Isto é especialmente verdadeiro quando a família está passando por uma fase delicada. Se seus divórcios anteriores com Jonny Lee Miller e Billy Bob Thornton não a afetou, desde o anúncio oficial da separação de Brad Pitt, em setembro passado, a atriz parece lidar com menos segurança. E é tudo a mesma coisa. Ver os dois tentando seguir em frente, nós gostaríamos de acreditar nos rumores que dizem que eles estão prontos para voltar a se amar de novo: ele, sozinho com seu bulldog, se dedicando à escultura, confessando para a "GQ" que teve por toda sua vida "um problema com a bebida"; e ela passado tempo com sua família (ela tem visto seu pai, Jon Voight) depois de participar da divulgação de seu último filme, "First They Killed My Father", que fala sobre o horror do regime Khmer Vermelho no Camboja.

Angelina Jolie estava muito emocionada ao saber que Brad Pitt tinha decidido lutar contra o alcoolismo. Ela escolheu ir para Malibu, não muito longe dele, em vez de viver em Londres. As coisas finalmente se apaziguaram. Porque, como ela confidenciou em fevereiro em uma entrevista emocionada para a BBC, e como ela explica para nós hoje nesta entrevista exclusiva: "Aconteça o que acontecer, somos e permaneceremos sempre uma família". Mais forte, ela espera, proteger seus seis filhos, especialmente a pequena Shiloh, que faz 11 anos esta semana, e um dia quis se chamada de John quando tinha 2 anos, mas nem Angelina ou Brad se quer forçariam ela a usar vestidos. Uma família complexa, como qualquer outra, com seus membros, sua fraternidade, e o amor que os une. E é esta ligação que a estrela queria compartilhar com a gente, por ocasião do Dia das Mães, ela, que amava muito a sua mãe.

Angelina Jolie pediu para ser entrevistada por Mariane Pearl, a esposa do falecido jornalista Daniel Pearl, que ela interpretou nos cinemas em 2007, no filme "O Preço da Coragem". Desde então, essas duas mulheres são amigas. A nosso pedido, elas concordaram em se encontrar em Los Angeles. F. B.

"Eu encontrei a minha amiga Angelina, por ocasião do Dia das Mães, para discutir sobre Marcheline Bertrand". Sua recente campanha publicitaria para Guerlain é uma homenagem à mulher que sempre a inspirou, por sua graça e elegância ... nossa amizade começou em 2005. Enquanto Adam e Maddox, que também são amigos desde a infância, assistiam juntos "The Jungle Book" nós estávamos tentando não perder o ponto de cozimento do macarrão. Doze anos depois, em abril, estamos sentados na cozinha da casa alugada por Angelina em Malibu. Seus seis filhos, que eu vi crescer, e são educados em casa, faziam o seu dever de casa, sentado na sala ao lado, enquanto conversávamos. "M. P.

Você pode nos contar sobre sua mãe e como ele influenciou a mulher que você se tornou?

Minha mãe era muito doce e muito gentil, era alguém que nunca colocou seus próprios interesses à frente dos filhos e acredito que a maior felicidade na sua vida, era nos ver bem sucedidos. Ela me inspirou muito na sua maneira de ser, e em tudo o que ela me ensinou. Mas sua morte [em 2007] também me ensinou muito. Isso me fez querer estar verdadeiramente presente para os meus filhos e cuidar de mim e minha saúde.

Sua mãe era pioneira, também, uma ativista, isso lembra algum aspecto de sua personalidade?

Eu tinha cerca de 10 anos na primeira vez que ela me levou para um jantar de caridade organizado pela Anistia Internacional. Ela me vestiu com minhas melhores roupas. Eu aprendi naquele dia, o destino dos prisioneiros de consciência, que foram injustamente detidos e por quê. Minha mãe me criou com a consciência do mundo, muitas vezes ela me falou das causas que tocaram seu coração. Ela me levou para ver a Arte Underground, ela me apresentou a filmes estrangeiros, os clássicos europeus ... Nossas prateleiras estavam cheias de livros interessantes, e as pessoas que ela convidava eram todas fascinantes em suas próprias maneiras.

Você diria que ela era uma intelectual?

Ela nunca teria descrito a si mesma dessa forma, mas foi de uma grande sabedoria para as coisas que realmente importavam. Ela teve esta graça inata, ela encarnava os valores puros de bondade e sentimentos nobres.

Falando de encarnação, você acha que ela teria gostado do cheiro do perfume Mon Guerlain do qual você é a musa?

Ela teria adorado isso, eu tenho certeza. Ela sempre gostou da Guerlain. É também por isso que eu concordei em trabalhar com eles.

Vocês conversa com eles sobre ela?

Claro, ela teria sido uma grande avó! Frequentemente se diz, que, na vida, certos eventos têm a sua razão de ser. Mas eu não entendo por que ela não está conosco hoje. Eu sei como ela teria contribuído para a felicidade dos meus filhos, e estou triste por saber que eles não sabem disso. Eu faria qualquer coisa para tê-la comigo agora. Eu preciso dela e muitas vezes eu falo com ela na minha cabeça. Tento imaginar o que ela me diria e como me guiaria.

Seus filhos transforaram você?

Eu acho que assim que você se torna pai/mãe, seus desejos e objetivos se tornam secundários, as necessidades e os sonhos deles vêm em primeiro lugar. Isto pertence a eles. É incrível vê-los crescer tão rapidamente, se tornarem independentes, se tornarem seres singulares, fortes e suaves. Eu observo como eles integram conhecimento, o que eles gostam e o que vemos no mundo que os revolta ou os fazem perder a paciência. É uma fonte inesgotável de aprendizagem para mim.

O que significa ser uma mãe para você?

Este é o maior presente e a maior responsabilidade. Significa fazer todo o possível para viver de acordo com seus valores e tentar ser um exemplo para os seus filhos.

Ser mãe de adolescentes assusta você?

Nem um pouco. Como mãe, você se preocupe, é inevitável. Você deve tanto protegê-los e permitir que eles batam suas asas. Mas eu estou realmente impressionada com a forças deles, e eu adoro quando eles dizem o que pensam.

Você acha que há uma força comum para as mães, que poderia ser uma base para a busca de soluções para conflitos e impasses políticos - que só estão piorando?

Eu acho que seria totalmente errado pensar que isso é porque nós somos mães, só por isso, então a paz nos afeta mais. A paz é um desejo inato nos seres humanos. Mas também é uma realidade factual e absoluta de que, ao longo da história, as mulheres foram excluídas das negociações de paz. E ainda é frequentemente o caso. Temos de vir a mudar isso. Não é uma questão de mulheres tomando o poder dos homens. Mas sim de equilíbrio e sabedoria, trabalhar juntos na sociedade para que todos possam participar igualmente na tomada de decisões e construir o futuro do nosso país.

A maternidade tem sido considerada como um sacrifício: dar a sua vida por seus filhos. Você acha que este ainda é o caso?

Eu não vejo a maternidade como um sacrifício. Para mim é um privilégio.

Como você vê o renascimento do engajamento feminista nos Estados Unidos?

Eu acho que há um renascimento do ativismo em geral, em todo o mundo, não apenas nos Estados Unidos. As pessoas parecem se tornar mais conscientes da importância da política. Elas querem fazer suas vozes serem ouvidas sobre as escolhas que as afetam ou influenciar a forma como o país lida com o resto do mundo. Precisamos desse espírito do internacionalismo.

Quais são seus projetos futuros?

Meu trabalho e meus movimentos são limitados, neste momento, por motivos pessoais. Mas eu olho para a frente, para a nossa próxima viagem no Dia Mundial do Refugiado em 20 de junho. Começaremos na África. As crianças adoram este continente. Eu acho que é importante mostrar-lhes o mundo neste período particular. Na vida, muitas vezes somos levados a sermos focado em nós mesmos, e eu acredito que uma visão mais ampla é essencial. Em 20 de junho, vamos estar na companhia dos refugiados e membro da ONU. Eu também irei a campos de refugiados, para documentar o papel dos militares na prevenção e repressão da violência sexual como arma de guerra. E eu também continuarei a dar aulas na London School of Economics (LSE).

O mundo que temos para os nossos filhos pode ser assustador. Como você compartilha seu compromisso político com eles?

Tento lhes dar um exemplo, de modo que eles fiquem atentos a outras coisas também, eles são responsáveis. Eu também os ajudo a ter uma visão mais ampla do mundo. Mas eu só conheço uma maneira para isso, que é ouvir. Isto pode ser a coisa mais importante que um pai pode fazer. Meus filhos são resistentes, mas eles são crianças. Eles especialmente precisam de ajuda para entender as duras realidades da vida, e o que é vital para todos: amor e proteção.

Comentários

Anônimo disse…
Lendo essa entrevista eu percebi que realmente esse divórcio não é nada privado (o que esta privado é somente a custódia dos filhos), porque tem algumas coisas que saíram na mídia como rumores que são verdadeiras
Anônimo disse…
As pessoas em plena os dias atuais ainda dão importância para rumores da midia,acredita nas revistas de fofoca que é tudo inventado e tabloides bizarros e materiais falsa e sem credibilidade,quando eles dizem(fonte anónima) pode ter certeza que é falso inventado só acredita quem é muito alienado,outra coisa se angelina pediu o divórcio é porque ela viu que não dava para continuar do jeito que tava,ou seja talvez a (situação estava difícil ,talvez os vícios em bebida entre outras coisas fosse intolerável para ela,com crianças e adolescentes em casa isso realmente não é um bom exemplo para se ter,ou simplesmente ambos não fucionam mais como casal,talvez personalidades opostas princípios distintos e visão e caminhos diferentes,poderia sim causar o divórcio. E pronto o resto é história para pessoas alienadas!
Anônimo disse…
Curiosidade minha, lendo essa entrevista e outras que ela fala da mãe,da para perceber que ela era completamente ligada a mãe e sente muito sua falta nesses 10 anos,você acha que ela pode ter tido algun tipo de depressão pela morte da mãe?,porque ela ama muito sua mãe e estava muito ligada a ela,e os filhos que teve foi depois da morte da mãe né os únicos que a mãe chegou a conhecer foi o maddox e a shiloh que nasceu em 2006 né? e pax e zahara foram adotados em 2007 não é? E knox e vivienne ela teve em 2008,então nesse tempo os netos foram crescendo sem a avó e isso foi muito difícil para ela lidar de algun modo, e também gostaria de saber se ela teve contato muito próximo com a sua ex sogra e familiares dele nesses 12 anos,sei que é difícil responder porque é perguntas mais pessoais,é difícil dar respostas concretas,mais gostaria de saber sua opinião ok?
Não posso dizer que ela teve depressão após a morte da mãe dela, ela disse que precisou muito fazer um filme, para ocupar a mente, foi ai que O Procurado apareceu e ela embarcou, mas posteriormente ela disse que após a morte da mãe, não tinha mais vontade de comer, e atribuiu isso também ao fato dela ter tanto e os refugiados muito pouco.

A mãe dela também conheceu a Zahara que foi adotada em 2005.

Jolie tinha contato com a mãe do Pitt, mas não creio que eram grandes amigas, sempre me pareceu que a mãe dele não gostava muito dela, depois da separação a unica pessoa que disse alguma coisa foi o irmão dele, mas não lembro o que ele disse.
Anônimo disse…
KKKKK desejos em segundo plano, ela é a pessoa mais realizadora do mundo, os filhos não atrapalharam em nada, teve todo tipo de ajuda para ser quem ela é hj, natural que a gente se torne menos produtivo depois de tanta criatividade, se refazer, reiventar. E neste tempo estar mais tempo com os filhos ajuda, pois muitas vezes estamos com os filhos, mas fazendo um filme, escrevendo, atuando e como os filhos em volta, te-los por perto mas não presente. Agora sinto que ela está presente e inteira para os filhos e numa melhor época para estar com eles.
Anônimo disse…
A fase mais magra da Angelina foi após a morte da mãe dela. Lembro que vários tabloides começaram a noticiar que ela estava com bulimia e anorexia. Aí o irmão veio à público e disse que não sabiam o que eles estavam falando. Que Angelina era muito apegada à mãe e que estava sofrendo com o luto.

Lembro tbm que Angelina já disse que tentou se matar (isso na época antes dos filhos). A pessoa só pensa em se matar se tiver depressão (não disse que todos que tem depressão tentam se matar). Querendo ou não, quem já teve depressão, vai passar o resto da vida sendo rondado por ela.
Anônimo disse…
A fase mais magra da Angelina foi após a morte da mãe dela. Lembro que vários tabloides começaram a noticiar que ela estava com bulimia e anorexia. Aí o irmão veio à público e disse que não sabiam o que eles estavam falando. Que Angelina era muito apegada à mãe e que estava sofrendo com o luto.

Lembro tbm que Angelina já disse que tentou se matar (isso na época antes dos filhos). A pessoa só pensa em se matar se tiver depressão (não disse que todos que tem depressão tentam se matar). Querendo ou não, quem já teve depressão, vai passar o resto da vida sendo rondado por ela.
Anônimo disse…
Compreendi ,mais esse fato em questão(dela não ter tido vontade de comer mais, devido a morte da mãe,e a questão dos refugiados no mundo)eu particularmente acretido sim que ela teve algum "problema" nesse tempo,pois foi justamente depois da morte da mãe e as crises de refugiados, que ela começou a emagrecer muito,nos anos 90 a até 2007 as pessoas só comentava em relação a sua beleza, depois de 2007 entre os próximos anos as pessoas começaram a comentar sobre sua magreza,claro que essas pessoas são insuportáveis e nogentas,mais como a próprioa angie disse que "não tinha vontade de comer",então a minha percepção é essa, bem aliás essa sogra e família dele foram muitos chatos com a angie,essa sogra que ela teve eu também percebo que não gostava dela,talvez só se falece mais quando o assunto eram as crianças,bem na minha opinião uma verdadeira sogra deria ter tentado se aproximar mais da nora,a mãe dela tinha morrido a precisava de muito apoio,já que os parentes dela também já tinham morrido tudo,então penso que essa sogra e irmãos dele não deram apoio nenhum a ela, ela precisava muito pois ela só tem o irmão,e essa família do brad me parece claramente que nunca deu esse apoio incondicional que ela precisava em sua vida.