Angelina Jolie concede entrevista para a revista Cosmopolitan Russa
Quatro anos depois, uma das estrelas mais brilhantes de Hollywood retorna aos cinemas - em 17 de outubro, será lançado "Malévola: Dona do Mal". E a Cosmopolitan Russa é a única publicação da Russia à qual a atriz e musa da casa de perfumes Guerlain, Angelina Jolie concedeu uma entrevista antes da estreia do filme. Conversamos com ela sobre filhos, um senso agudo de justiça e suas asas.
Cosmopolitan: Malévola é o meu filme favorito da Disney. Eu gostei que o beijo de verdadeiro amor que fez Aurora ser capaz de acordar, não foi dado pelo cara que ela conheceu por cerca de dez minutos, mas pela mulher que a criou. Diga-me, na continuação da história original, o tópico maternidade é abordado? Quanto mais velhas são as crianças, mais interessantes e maiores são os problemas? Como você lida com eles?
Angelina Jolie: A maternidade não é fácil, mesmo se você é Malévola (risos). Algo me diz que - é exatamente isso que os pais pensam quando assistem ao filme. Malévola também pode estar nervosa, ela também é atormentada por dúvidas: “Estou fazendo a coisa certa?” Ela, como nós, se preocupa: e se a filha tropeçar e se machucar? Ela não quer que ela se machuque. Em geral, ela é assombrada pelos mesmos medos que todos nós. Apenas multiplique isso por seu temperamento e outros traços de caráter, e ficará claro como é difícil para ela. Especialmente quando Malévola vê que sua filha está crescendo, mudando e começa a perceber que elas são completamente diferentes.
Cosmo: Elas são realmente diferentes...
AJ: Há uma cena! O que faz de nós uma família? - pergunta Malévola. Ela e Aurora foram inicialmente vistas como inimigas, mas no filme anterior, elas se tornaram uma família. Nesse novo filme, outras pessoas interferem no relacionamento delas: Ao ponto delas estarem convencidas de que são opostas e não têm nada em comum... Então elas começam a ter duvidas e refletir: O que nos liga? Podemos confiar uma na outra? Confiar em uma situação difícil?
Cosmo: E você é atormentada por esses pensamentos?
AJ: Veja bem, eu nunca pensei nas diferenças de minha família, mas como mãe fui atormentada por perguntas: "Estou fazendo a coisa certa?" Serei suficiente para meus filhos? Posso dar a eles tudo o que precisam?
Cosmo: Hoje, os desenhos e filmes da Disney não são exatamente o que eram, durante a sua infância ou a minha: eles não tentam mais criar princesas que estão sentadas esperando o príncipe vir salvá-las. Como isso afetará a nova geração? Você já vê o efeito do tempo em seus filhos? Eles são mais livres do que nós?
AJ: Sim, é engraçado, é claro, mas mesmo quando eu era criança, eu gostava mais de Malévola. Ela sempre me pareceu forte e elegante, nem sei por quê (Risos.). Mas você está absolutamente certa: o arquétipo da princesa em si mudou, assim como o arquétipo do vilão. Agora, elas estão muito mais humanas, e as princesas são independentes e auto-suficientes.
Cosmo: E a Aurora? Ela é uma princesa moderna?
AJ: Nós ficamos intrigados por um longo tempo e conversamos sobre esse assunto: Ela deveria se tornar uma mulher moderna. Muitos acreditam que, nesse caso, ela deveria ser dura, forte, agressiva ou tão independente que, no final, acabaria sozinha. Mas decidimos escolher a opção exatamente oposta: Aurora quer se casar, usar rosa, ser suave e colecionar flores, mas ao mesmo tempo, é uma forte líder para o seu reino, além de inteligente e confiante. Uma garota pode ser assim, sem sacrificar nada! Ela não muda para se tornar forte, pelo contrário, ela se torna ela mesma - uma verdadeira Aurora! Eu acho isso muito importante. Todos precisamos lembrar que, às vezes, a coisa mais difícil é crescer e permanecer gentil e afetuosa.
Cosmo: Mas nessa sequencia, Malévola realmente se torna má. É difícil para você explicar seus motivos e racionalizar seu comportamento?
AJ: É difícil para mim ficar com raiva? Responda honestamente?
Cosmo: Claro!
AJ: (Risos.) A melhor maneira de interpretar um vilão, é se convencer de que você não é mau. Para mim, Malévola não é má. Ela apenas defende o que, em sua opinião, precisa ser protegido.
E quando você luta pelo que acredita, é muito mais agradável, você lutar com força total. E eu gosto disso!
Cosmo: Tive a impressão de que Malévola era constantemente acusada de coisas que ela não era culpada e frequentemente era provocada!
AJ: Sim, eu também acredito nisso! Tomemos, por exemplo, as asas dela - elas a fazem diferente, mas ela não é nada do que as pessoas imaginam sobre ela. A equipe de filmagens e eu discutimos por um longo tempo sobre se ela deveria ser mais calmar, boa e gentil, mas depois percebemos: a verdade é que ela é selvagem. Malévola nasceu para a batalha. Essa é sua verdadeira natureza - ela é uma lutadora com um temperamento explosivo. Malévola está lutando por uma causa justa.
Cosmo: Sua personagem tem um senso maior de justiça. Isso é uma bênção ou uma maldição para uma pessoa?
AJ: Vou dizer o seguinte: É muito difícil viver sendo parecida como ela, quando há tantas injustiças por perto. Às vezes, as pessoas fazem coisas sem pensar, e não querem assumir as responsabilidades por isso. Isso, para dizer o mínimo, é desanimador.
Cosmo: Este sentimento é familiar para você?
AJ: Claro! Totalmente! Mas estou feliz por tê-lo. Um sentimento claro de injustiça me ajuda a não me curvar ou recuar quando algo parece errado para mim. Graças a ele, não duvido de mim e de minhas decisões.
Eu me conheço, então não importa para mim, aqueles que querem dizer o que está acontecendo comigo. Quero fazer o meu melhor, não julgo outras pessoas e não desejo que elas sejam prejudicadas. Sim, algo pode me incomodar, posso ficar triste por um motivo ou outro, mas quando vou dormir à noite, minha consciência está limpa. Eu sei exatamente pelo que estou lutando. Tenho certeza de que é melhor morrer pelo que você acredita, do que sacrificar alguma coisa.
Cosmo: A propósito, sobre lutas. Você faz muitas coisas: Dirige, Produz, Trabalha com a ONU... Mas a ultima vez que vimos você em um filme foi em 2015. Sinto muito se a pergunta parece ser um pouco sem jeito: Foi difícil para você voltar a atuar depois de um intervalo?
AJ: Não, essa é uma pergunta lógica, você está certo. Sabe, isso é muito estranho... Pensei em parar completamente de atuar. Mas estou feliz por ter retornado e justamente nesse papel, porque eu gosto de Malévola. É como se fosse um retorno à família.
Fiquei feliz em ver Elle Fanning, ela é tão madura! E Sam Riley, ele agora é pai. Me pareceu que esse sentimento surgiu entre todos os atores, não apenas em mim.
Cosmo: Quem é Malévola para você?
AJ: É a voz interior que todos têm. E todos gostariam de libertá-la, e lhe dar a oportunidade de expressar tudo, mas algo está impedindo. Bem, Malévola não sabe como parar a tempo - ela diz tudo e imediatamente, como é. Ela é muito franca e direta, um pouco louca, muito impulsiva...
Cosmo: Às vezes me parece que ela é russa.
AJ: (Risos.) Pode ser que seja!
Cosmo: É verdade que depois de filmar o primeiro filme, você levou os chifres de Malévola para casa?
AJ: Sim, foi, eles estão guardados em algum lugar, mas nas filmagens da sequência eu não levei nada, embora eu devesse... Ah, pensando melhor! Eu quero um cajado! Exatamente, eu preciso de um cajado!
Cosmo: E eu pegaria as asas da Malévola. A propósito, elas são reais? Em termos de mecânica ou foram criadas em um computador?
AJ: Sim e não. Às vezes eu usava almofadas especiais, que após o procedimento de computação, se transformavam em asas. É incrível que você seja a primeira pessoa a perguntar sobre isso, mas elas merecem atenção. Pensamos por um longo tempo o que as asas deveriam ser, quase como sobrancelhas ou braços - elas podem ilustrar os pensamentos dela ou até mesmo falar por ela, quando ela está calada. Elas podem diminuir de tamanho se ela estiver triste, apontar para uma pessoa, aumentar de tamanho quando necessário. Dessa vez, prestamos mais atenção a elas. Os artistas da computação gráfica me consultaram, sobre o que as asas deveriam fazer em uma cena específica. Foi uma experiência interessante!
Cosmo: E quando foi a última vez que você sentiu que as asas cresceram nas suas costas?
AJ: Oh, há muito tempo! Mas sinto que elas estão voltando para mim...
Cosmo: E como e com quem você estava no set da sequência de Malévola?
AJ: As crianças estudam em casa, então no set foi organizado uma sala de aulas para elas no meu trailer. Além do meu camarim, uma sala de aula foi improvisada em um pequeno gramado que eles compartilhavam. Geralmente eles ficavam em meu trailer - eles sempre tinham muitos professores e lanches! Às vezes, as crianças vinham ao nosso set - como elas já conheciam Elle e Sam há muito tempo, então todos estavam felizes lá.
Cosmo: Seus filhos assistem aos filmes da Marvel? Você recentemente se juntou à equipe de Eternos. O que te levou a participar?
AJ: Sim, meus filhos e eu assistimos quase todos os filmes da Marvel. Escolhi Eternos porque admiro a diretora Chloe Zhao. Eu estava interessada na trama, no entanto, como atriz, eu espero estar bem no filme! Estou feliz por fazer parte da equipe Marvel. Eles têm muitos projetos e as pessoas que trabalham neles, conseguiram criar uma família numerosa. Quando me encontrei com os representantes da Marvel, fiquei mais uma vez convencida disso. Lá todos se apoiam - é realmente muito legal e interessante.
Cosmo: Vamos conversar sobre você. Você tem uma rara oportunidade de escolher papéis. Você não sente a necessidade, como muitos atores, de atuar em dois filmes por ano, sem perder os privilégios. E pode literalmente se orgulhar disso! Que decisões você tomou em sua vida, que te ajudaram a construir uma carreira de sucessos?
AJ: Ah, não sei! Me parece que a sorte desempenha um papel importante na indústria cinematográfica, você nunca sabe ao certo. Eu sempre faço o que acredito.
Cosmo: Mas você pensou em como seria sua carreira, ou que medidas deveria tomar?
AJ: Não. Eu pensei mais no roteiro e nos personagens... Cheguei a essa profissão, porque minha mãe era atriz e sempre gostei de me comunicar com as pessoas - e ainda assim. Espero que meu sucesso se deva ao fato de eu sinceramente sonhar em compartilhar alegria, em dar liberdade e risadas ao público. Quero acreditar que as pessoas, quando me vêem na tela, sentem que as emoções são reais.
Cosmo: Falando sobre a atualidade e coisas falsas: Você não tem redes sociais?
AJ: Não.
Cosmo: Porque? No ano passado, eu conversei sobre isso com Natalie Portman... Ela se manteve muito longe das redes sociais, mas depois percebeu que queria criar uma conta para se comunicar com seus fãs sem intermediários. Talvez seja o mesmo com você?
AJ: Trabalho na ONU e na Escola de Economia e Ciências Política de Londres, colaboro com a OTAN sobre os direitos das mulheres, falo muito, escrevo para a revista Time, por isso tenho uma plataforma na qual posso falar e expressar meus pensamentos.
Esta é a minha maneira de me comunicar. Recentemente percebi: gosto de fazer uma pausa para pensar no que quero dizer, se, é claro, quero basicamente dizer alguma coisa.
E não quero me forçar a fazer isso todos os dias, especialmente quando não há tempo para pensar adequadamente em tudo. É importante que eu me sente e reflita cuidadosamente sobre os meus pensamentos, antes de expressá-lo. Eu gostaria de manter essa abordagem e não me apressar.
Talvez pareça engraçado: mas geralmente eu gosto de refletir todos os dias!
Cosmopolitan: Malévola é o meu filme favorito da Disney. Eu gostei que o beijo de verdadeiro amor que fez Aurora ser capaz de acordar, não foi dado pelo cara que ela conheceu por cerca de dez minutos, mas pela mulher que a criou. Diga-me, na continuação da história original, o tópico maternidade é abordado? Quanto mais velhas são as crianças, mais interessantes e maiores são os problemas? Como você lida com eles?
Angelina Jolie: A maternidade não é fácil, mesmo se você é Malévola (risos). Algo me diz que - é exatamente isso que os pais pensam quando assistem ao filme. Malévola também pode estar nervosa, ela também é atormentada por dúvidas: “Estou fazendo a coisa certa?” Ela, como nós, se preocupa: e se a filha tropeçar e se machucar? Ela não quer que ela se machuque. Em geral, ela é assombrada pelos mesmos medos que todos nós. Apenas multiplique isso por seu temperamento e outros traços de caráter, e ficará claro como é difícil para ela. Especialmente quando Malévola vê que sua filha está crescendo, mudando e começa a perceber que elas são completamente diferentes.
Cosmo: Elas são realmente diferentes...
AJ: Há uma cena! O que faz de nós uma família? - pergunta Malévola. Ela e Aurora foram inicialmente vistas como inimigas, mas no filme anterior, elas se tornaram uma família. Nesse novo filme, outras pessoas interferem no relacionamento delas: Ao ponto delas estarem convencidas de que são opostas e não têm nada em comum... Então elas começam a ter duvidas e refletir: O que nos liga? Podemos confiar uma na outra? Confiar em uma situação difícil?
Cosmo: E você é atormentada por esses pensamentos?
AJ: Veja bem, eu nunca pensei nas diferenças de minha família, mas como mãe fui atormentada por perguntas: "Estou fazendo a coisa certa?" Serei suficiente para meus filhos? Posso dar a eles tudo o que precisam?
Cosmo: Hoje, os desenhos e filmes da Disney não são exatamente o que eram, durante a sua infância ou a minha: eles não tentam mais criar princesas que estão sentadas esperando o príncipe vir salvá-las. Como isso afetará a nova geração? Você já vê o efeito do tempo em seus filhos? Eles são mais livres do que nós?
AJ: Sim, é engraçado, é claro, mas mesmo quando eu era criança, eu gostava mais de Malévola. Ela sempre me pareceu forte e elegante, nem sei por quê (Risos.). Mas você está absolutamente certa: o arquétipo da princesa em si mudou, assim como o arquétipo do vilão. Agora, elas estão muito mais humanas, e as princesas são independentes e auto-suficientes.
Cosmo: E a Aurora? Ela é uma princesa moderna?
AJ: Nós ficamos intrigados por um longo tempo e conversamos sobre esse assunto: Ela deveria se tornar uma mulher moderna. Muitos acreditam que, nesse caso, ela deveria ser dura, forte, agressiva ou tão independente que, no final, acabaria sozinha. Mas decidimos escolher a opção exatamente oposta: Aurora quer se casar, usar rosa, ser suave e colecionar flores, mas ao mesmo tempo, é uma forte líder para o seu reino, além de inteligente e confiante. Uma garota pode ser assim, sem sacrificar nada! Ela não muda para se tornar forte, pelo contrário, ela se torna ela mesma - uma verdadeira Aurora! Eu acho isso muito importante. Todos precisamos lembrar que, às vezes, a coisa mais difícil é crescer e permanecer gentil e afetuosa.
Cosmo: Mas nessa sequencia, Malévola realmente se torna má. É difícil para você explicar seus motivos e racionalizar seu comportamento?
AJ: É difícil para mim ficar com raiva? Responda honestamente?
Cosmo: Claro!
AJ: (Risos.) A melhor maneira de interpretar um vilão, é se convencer de que você não é mau. Para mim, Malévola não é má. Ela apenas defende o que, em sua opinião, precisa ser protegido.
E quando você luta pelo que acredita, é muito mais agradável, você lutar com força total. E eu gosto disso!
Cosmo: Tive a impressão de que Malévola era constantemente acusada de coisas que ela não era culpada e frequentemente era provocada!
AJ: Sim, eu também acredito nisso! Tomemos, por exemplo, as asas dela - elas a fazem diferente, mas ela não é nada do que as pessoas imaginam sobre ela. A equipe de filmagens e eu discutimos por um longo tempo sobre se ela deveria ser mais calmar, boa e gentil, mas depois percebemos: a verdade é que ela é selvagem. Malévola nasceu para a batalha. Essa é sua verdadeira natureza - ela é uma lutadora com um temperamento explosivo. Malévola está lutando por uma causa justa.
Cosmo: Sua personagem tem um senso maior de justiça. Isso é uma bênção ou uma maldição para uma pessoa?
AJ: Vou dizer o seguinte: É muito difícil viver sendo parecida como ela, quando há tantas injustiças por perto. Às vezes, as pessoas fazem coisas sem pensar, e não querem assumir as responsabilidades por isso. Isso, para dizer o mínimo, é desanimador.
Cosmo: Este sentimento é familiar para você?
AJ: Claro! Totalmente! Mas estou feliz por tê-lo. Um sentimento claro de injustiça me ajuda a não me curvar ou recuar quando algo parece errado para mim. Graças a ele, não duvido de mim e de minhas decisões.
Eu me conheço, então não importa para mim, aqueles que querem dizer o que está acontecendo comigo. Quero fazer o meu melhor, não julgo outras pessoas e não desejo que elas sejam prejudicadas. Sim, algo pode me incomodar, posso ficar triste por um motivo ou outro, mas quando vou dormir à noite, minha consciência está limpa. Eu sei exatamente pelo que estou lutando. Tenho certeza de que é melhor morrer pelo que você acredita, do que sacrificar alguma coisa.
Cosmo: A propósito, sobre lutas. Você faz muitas coisas: Dirige, Produz, Trabalha com a ONU... Mas a ultima vez que vimos você em um filme foi em 2015. Sinto muito se a pergunta parece ser um pouco sem jeito: Foi difícil para você voltar a atuar depois de um intervalo?
AJ: Não, essa é uma pergunta lógica, você está certo. Sabe, isso é muito estranho... Pensei em parar completamente de atuar. Mas estou feliz por ter retornado e justamente nesse papel, porque eu gosto de Malévola. É como se fosse um retorno à família.
Fiquei feliz em ver Elle Fanning, ela é tão madura! E Sam Riley, ele agora é pai. Me pareceu que esse sentimento surgiu entre todos os atores, não apenas em mim.
Cosmo: Quem é Malévola para você?
AJ: É a voz interior que todos têm. E todos gostariam de libertá-la, e lhe dar a oportunidade de expressar tudo, mas algo está impedindo. Bem, Malévola não sabe como parar a tempo - ela diz tudo e imediatamente, como é. Ela é muito franca e direta, um pouco louca, muito impulsiva...
Cosmo: Às vezes me parece que ela é russa.
AJ: (Risos.) Pode ser que seja!
Cosmo: É verdade que depois de filmar o primeiro filme, você levou os chifres de Malévola para casa?
AJ: Sim, foi, eles estão guardados em algum lugar, mas nas filmagens da sequência eu não levei nada, embora eu devesse... Ah, pensando melhor! Eu quero um cajado! Exatamente, eu preciso de um cajado!
Cosmo: E eu pegaria as asas da Malévola. A propósito, elas são reais? Em termos de mecânica ou foram criadas em um computador?
AJ: Sim e não. Às vezes eu usava almofadas especiais, que após o procedimento de computação, se transformavam em asas. É incrível que você seja a primeira pessoa a perguntar sobre isso, mas elas merecem atenção. Pensamos por um longo tempo o que as asas deveriam ser, quase como sobrancelhas ou braços - elas podem ilustrar os pensamentos dela ou até mesmo falar por ela, quando ela está calada. Elas podem diminuir de tamanho se ela estiver triste, apontar para uma pessoa, aumentar de tamanho quando necessário. Dessa vez, prestamos mais atenção a elas. Os artistas da computação gráfica me consultaram, sobre o que as asas deveriam fazer em uma cena específica. Foi uma experiência interessante!
Cosmo: E quando foi a última vez que você sentiu que as asas cresceram nas suas costas?
AJ: Oh, há muito tempo! Mas sinto que elas estão voltando para mim...
Cosmo: E como e com quem você estava no set da sequência de Malévola?
AJ: As crianças estudam em casa, então no set foi organizado uma sala de aulas para elas no meu trailer. Além do meu camarim, uma sala de aula foi improvisada em um pequeno gramado que eles compartilhavam. Geralmente eles ficavam em meu trailer - eles sempre tinham muitos professores e lanches! Às vezes, as crianças vinham ao nosso set - como elas já conheciam Elle e Sam há muito tempo, então todos estavam felizes lá.
Cosmo: Seus filhos assistem aos filmes da Marvel? Você recentemente se juntou à equipe de Eternos. O que te levou a participar?
AJ: Sim, meus filhos e eu assistimos quase todos os filmes da Marvel. Escolhi Eternos porque admiro a diretora Chloe Zhao. Eu estava interessada na trama, no entanto, como atriz, eu espero estar bem no filme! Estou feliz por fazer parte da equipe Marvel. Eles têm muitos projetos e as pessoas que trabalham neles, conseguiram criar uma família numerosa. Quando me encontrei com os representantes da Marvel, fiquei mais uma vez convencida disso. Lá todos se apoiam - é realmente muito legal e interessante.
Cosmo: Vamos conversar sobre você. Você tem uma rara oportunidade de escolher papéis. Você não sente a necessidade, como muitos atores, de atuar em dois filmes por ano, sem perder os privilégios. E pode literalmente se orgulhar disso! Que decisões você tomou em sua vida, que te ajudaram a construir uma carreira de sucessos?
AJ: Ah, não sei! Me parece que a sorte desempenha um papel importante na indústria cinematográfica, você nunca sabe ao certo. Eu sempre faço o que acredito.
Cosmo: Mas você pensou em como seria sua carreira, ou que medidas deveria tomar?
AJ: Não. Eu pensei mais no roteiro e nos personagens... Cheguei a essa profissão, porque minha mãe era atriz e sempre gostei de me comunicar com as pessoas - e ainda assim. Espero que meu sucesso se deva ao fato de eu sinceramente sonhar em compartilhar alegria, em dar liberdade e risadas ao público. Quero acreditar que as pessoas, quando me vêem na tela, sentem que as emoções são reais.
Cosmo: Falando sobre a atualidade e coisas falsas: Você não tem redes sociais?
AJ: Não.
Cosmo: Porque? No ano passado, eu conversei sobre isso com Natalie Portman... Ela se manteve muito longe das redes sociais, mas depois percebeu que queria criar uma conta para se comunicar com seus fãs sem intermediários. Talvez seja o mesmo com você?
AJ: Trabalho na ONU e na Escola de Economia e Ciências Política de Londres, colaboro com a OTAN sobre os direitos das mulheres, falo muito, escrevo para a revista Time, por isso tenho uma plataforma na qual posso falar e expressar meus pensamentos.
Esta é a minha maneira de me comunicar. Recentemente percebi: gosto de fazer uma pausa para pensar no que quero dizer, se, é claro, quero basicamente dizer alguma coisa.
E não quero me forçar a fazer isso todos os dias, especialmente quando não há tempo para pensar adequadamente em tudo. É importante que eu me sente e reflita cuidadosamente sobre os meus pensamentos, antes de expressá-lo. Eu gostaria de manter essa abordagem e não me apressar.
Talvez pareça engraçado: mas geralmente eu gosto de refletir todos os dias!