Angelina Jolie visita fronteira da Jordânia com a Síria

 
Ao longo de uma faixa de terra em uma noite inesperadamente fria e ventosa, na fronteira da Jordânia com a Síria, a Enviada Especial da ONU Angelina Jolie ouviu as histórias de homens, mulheres e crianças que fugiram da Síria apenas algumas horas antes. Ela ouviu histórias de ataques, dor, perda e de pessoas fugindo de Homs, Dara'a e Qusair, três das comunidades devastadas pelo conflito sírio. Sra Jolie encoraja os refugiados a dizerem a ela, e ao mundo, suas historias. "Não podemos saber suas dores", disse Jolie, falando para as famílias que perderam seus entes queridos.

Jolie está na Jordânia para marcar o Dia Mundial do Refugiado, que a cada ano é comemorado em 20 de junho. Ela e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, chegaram ao país no dia 18 de junho. António Guterres iniciou sua visita à região, no Líbano, onde se encontrou com refugiados e funcionários do governo. Na Jordânia, ele e Jolie vão se reunir com o governo e os refugiados que vivem em cidades da Jordânia, bem como no campo de refugiados Za'atri.

O objetivo de sua visita, é "mostrar apoio aos refugiados da Síria, e chamar a atenção do mundo para resolver suas situações, e para entender melhor as necessidades na Jordânia e em outros países na região mais diretamente afetada pelo conflito devastador ".

Na fronteira com a Síria, a Sra. Jolie ouvi histórias de grande coragem e tristeza. Mohammed Al-Kassem, sua esposa Walida e sua jovem filha Faten tinham acabado de chegar depois de escapar de Qusair, o local de uma batalha amarga que deixou a cidade em ruínas e desencadeou uma nova onda de refugiados para os países vizinhos. "Nos combates e bombardeios, a maioria dos meus amigos morreram", disse ele. "Não há mais nada, tudo foi destruído, sem prédios, sem medicamentos. Noventa e cinco homens morreram porque suas feridas foram infectadas e não havia nada para trata-las. Eu sou a única pessoa da minha família a escapar. Aqueles que não puderam fugir só pode esperar a morte. "

A guerra na Síria forçou mais pessoas a fugirem no ano passado do que qualquer outro conflito no mundo. Nos últimos seis meses, o número mais que dobrou, para 1,6 milhões, dos quais 540 mil estão na Jordânia.

"A pior crise humanitária do século 21 está se desenrolando no Oriente Médio hoje", disse Jolie. "Até o final deste semestre a população da Síria, cerca de dez milhões de pessoas devem ser deslocadas para outros países em necessidades desesperadas."

Ela pediu ao mundo para fazer muito mais para ajudar o povo da Síria. "A resposta internacional a esta crise está deste lado da grande escala desta tragédia humana", disse ela. "Muito ainda é necessário a ser feito,  mais ajudas humanitárias e, acima de tudo, uma solução política para o conflito deve ser encontrado."

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