Comentarios de Angelina Jolie ainda provoca polêmicas



Os comentários da atriz Angelina Jolie sobre os rohingya, minoria muçulmana perseguida pela Junta de Mianmar, foram censurados por autoridades tailandesas mais uma vez nesta quinta-feira. Enquanto isso, nos jornais, esquenta o debate sobre a fala da atriz - e sobre a situação dos rohingya.

O pronunciamento polêmico foi feito na semana passada, quando Jolie, embaixadora da boa-vontade da ONU (Organização das Nações Unidas), visitava um campo de refugiados perto da fronteira com Mianmar. Para o porta-voz do Ministério do Exterior tailandês, "não era o papel dela comentar sobre o assunto".

Jornais locais também alimentaram a discussão. Alguns, inclusive, se opuseram à posição do governo. Um editorial no jornal anglófono The Nation, por exemplo, foi fundo na questão: "Ao invés de culparmos Jolie, por que não começamos a falar sobre a raiz do problema?", questionou. O artigo pediu ainda que o governo reexaminasse suas políticas baseadas nos "princípios humanitários".

Na quarta, a chancelaria da Tailândia já havia criticado os comentários de Jolie em defesa dos rohingya. Segundo as autoridades tailandesas, a atriz não tinha permissão para visitar os campos de refugiados dessa etnia, mas sua presença no país coincidiu com denúncias dos rohingya de abusos cometidos por militares.

Na ocasião, a atriz pediu às autoridades tailandesas que fossem "generosas" com os muçulmanos birmaneses. A Tailândia, acusada de torturar e expulsar os refugiados rohingya, considerou que a Acnur (agência da ONU para refugiados) "não deve se pronunciar sobre o assunto, porque não tem autoridade sobre isso".

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