Diretor de fotografia de First They Killed My Father fala sobre o filme

Anthony Dod Mantle, diretor de fotografias de First They Killed My Father, concedeu entrevista ao The Hollywood Reporter e falou sobre o longa.

A diretora Angelina Jolie queria que o público assistisse First They Killed My Father, (baseado nos memórias de Loung Ung, durante o genocídio cambojano) para ver através dos olhos de uma criança - a jovem atriz Sareum Srey Moch, que trás uma performance expressiva como Loung.

Nas palavras do seu diretor de fotografia, Anthony Dod Mantle ( Slumdog Millionaire ), o filme da Netflix, (escolha do Camboja para concorrer ao Oscar na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira) é "uma tentativa, tão completa quanto possível, de projetar a perspectiva de como uma criança perceberá esses incidentes ao redor dela, que eram tudo, desde a beleza e a felicidade no início até o caos e a escuridão do fim. Essa é a psicologia por trás da maneira que a câmera teve que trabalhar ".

A maior parte das cenas do filme, foram filmadas pelo próprio Dod Mantle, que usava câmeras portáteis e por Bela Trutz, que operava uma Steadicam.

Em um ponto, Loung parece com fome e terrivelmente triste, então ela tem uma lembrança de sua mesa de jantar em casa - essa lembrança é "composta por uma mesa cheia de comida e cores e luxúria", diz Dod Mantle. "Representa anseio pela alegria da vida". Em contraste, as cenas de seus pais, que aparecem mais tarde no filme, "são escuras, assustadoras, breves, incolores e brutais", explica. "Todas as cores nesta imagem ressoa certos sentimentos".

Na cena devastadora quando os soldados vêm para tirar o pai de Loung, "você vê o que ela vê", diz Dod Mantle. "Ela espia pela fresta na parede da casa e [vê] a cena de despedida entre sua mãe e seu pai. Seu pai então vem até ela, e a câmera está baixa, inicialmente, em seu ponto de visão. O pai está olhando para baixo, muito perto da câmera . Ele está quase que olhar para a publico que está assistindo. Você suspeita que é um dos últimos momentos da vida dele, que ela o verá vivo ".

À medida que a cena continua, ele diz: "nós tivemos que sair do ponto de vista subjetivo, porque quando eles estão se abraçando, a câmera deve vir para o lado. É um abraço muito próximo e caloroso contra a luz, e eu penso que isso tem a conotação de uma memória de tristeza, e beleza. As últimos cenas são uma cena muito gentil dela olhando para ele, uma trilha sonora suave envolve eles. E então, vemos o pai se afastando, de uma maneira diferente do que quando ele está indo trabalhar."

Fonte: THR

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