Os rostos das celebridades mais valiosos do ano

Fique a saber tudo sobre a economia das estrelas

Caso os Estados Unidos estejam a entrar em recessão, como os economistas temem, Angelina Jolie pode provar ser mais importante do que nunca.


Para os editores de revistas dos famosos, bem entendido. O apertar do cinto pode significar menos leitores, e ninguém vende tantas revistas como Angelina Jolie, de acordo com a segunda análise anual da Forbes.com sobre os rostos famosos que mais vendem.
A ideia de gastar 3,99 dólares numa revista numa altura em que não sabe como é que será o seu futuro económico, é muito, muito difícil, refere Candace Trunzo, chefe de redacção da revista Star. Assim, é ainda muito mais importante apresentar uma capa que seja tão atractiva que os leitores não poderão resistir e terão de comprar a revista.


Para as revistas semanais dos famosos que dependem das vendas nas bancas, as capas irresistíveis são absolutamente cruciais, fazendo com que a escolha que o editor toma quando decide quem será a estrela capa da revista seja mais importante do que nunca. Ainda não é certo qual será o comportamento destas revistas neste período de dificuldades económicas, dado que nenhuma, salvo a People, já existia no seu formato actual aquando da última grande recessão, no início dos anos 90.

Assim, prepare-se para ver a Angelina Jolie em muito mais capas. Analisámos as vendas nas bancas das seis principais revistas semanais dos famosos - People, Star, US Weekly, In Touch Weekly, Life & Style e OK! - durante o período de um ano que terminou a 30 de Junho, eliminando as capas sem famosos e as fotomontagens, bem como os indivíduos que surgem uma única vez na capa e as edições especiais com bases de preços excepcionalmente elevados.

Depois, analisámos se a capa com a celebridade vendeu mais ou menos exemplares do que a média de vendas nas bancas de cada edição da revista. Também tivemos em conta o número de vezes que uma celebridade ocupou sozinha a totalidade da capa, bem como o seu poder de atracção, um indicador fornecido pela E-Poll Market Research, uma empresa de estudos de mercado sedeada em Los Angeles. Nos raros casos em que não estavam disponíveis dados de nível de simpatia, as estrelas ficaram fora da lista. Jolie conquistou o primeiro lugar, graças a óptimos desempenhos nas três categorias. Quer sejam os seus esforços humanitários ou o número de filhos sempre a aumentar, esta famosa atriz que corre todo o mundo não tem muitos problemas para granjear o interesse dos leitores.

Larry Hackett, Chefe de Redacção da People, refere que Britney Spears é um dos casos em que os editores recorrem demasiadas vezes à mesma fonte, sem grandes novidades para acrescentarem. O modo como actualmente se faz a cobertura das pessoas não faz sentido. Mesmo que fosse a Cleópatra, as pessoas ficariam fartas de si, explica. Uma pessoa não pode ser alvo de uma cobertura constante e continuar a ser interessante.

Mesmo assim, Spears já não se encontra no último lugar da nossa lista - um título duvidoso que conquistou no ano transacto. Ao invés, este ano, o último lugar pertence à jovem que mais dinheiro ganha em Hollywood, Miley Cyrus, que obteve fracos resultados nas três categorias. Ainda que não haja dúvidas que ela é poderosa e popular, parece que o poder de atração da estrela de Hannah Montana não é suficientemente vasto para o conjunto das revistas semanais dos famosos. Eis uma adolescente que está rapidamente a tornar-se numa milionária, possivelmente até uma multimilionária, refere Lee. É bastante complicado ligar as duas coisas.

Jennifer Aniston também se revelou altamente apelativa, ficando com o segundo lugar da nossa lista (tinha sido 1ª o ano passado). Graças à sua vida amorosa em constante rebuliço, a antiga estrela de Friends ocupou a totalidade de oito capas de revista sozinha, e muitas dessas revistas voaram das prateleiras

A fechar o top 3 está Heath Ledger, que morreu tragicamente no início deste ano. Neste caso, o que o colocou nas notícias de primeira página algo que nunca tinha acontecido antes do seu falecimento foi a sua morte envolta em mistério e demasiado prematura. Tradicionalmente, as capas masculinas vendem bastante menos exemplares que as capas femininas junto da base de leitores tipicamente feminina (nem Brad Pitt nem Matthew McConaughey estão no top 10, muito embora outro indivíduo que foi tema de capa trágico, Owen Wilson, esteja). Porém, a ideia de um talento como Ledger ter morrido tão cedo deixou os leitores à procura de respostas e, para as encontrarem, compraram revistas.

Parece frívolo? Pode parecer, mas estamos a falar de grandes negócios, com as seis revistas semanais a serem responsáveis por centenas de milhões de dólares em receitas anuais para a indústria das revistas. Em conjunto, as vendas nas bancas representam 53% dos 9,4 milhões de exemplares vendidos semanalmente pelo sexteto.

Entre estas, só a People se socorre das vendas através das assinaturas para realizar mais de metade das suas vendas semanais. Para duas das revistas Life & Style Weekly e In Touch as vendas nas bancas representam mais de 95% das vendas, tornando-as particularmente vulneráveis a más decisões a respeito das capas.

Basicamente, uma revista só tem cinco segundos, talvez até menos, para agarrar um leitor que está a olhar para uma prateleira de revistas, refere a Editora da In Touch, Michelle Lee. Por isso, ou os leitores adoram aquela estrela ou têm de estar fascinados com a sua história dessa semana.

Caso se tratasse apenas da frequência com que as estrelas são capas de revista, Britney Spears estaria no topo da nossa lista. Na verdade, este ano já foi capa de revista mais de 30 vezes, mas demonstrou ser um fracasso total junto dos leitores, ficando no último lugar tanto nas categorias de nível de simpatia como de vendas de capa.

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